segunda-feira, 25 de abril de 2016

Música: The Conquer
Banda: Stormental
Álbum: Stormental (2006)
Compositores: -------------------------------




Capa do Álbum:




As expedições marítimas e 

Cristóvão Colombo


Nos séculos XV e XVI iniciaram-se expedições além dos limites do mundo conhecido até aquele momento. Essa empreitada ficou conhecida como expedição marítima ou grandes navegações européias. Os vários mitos criados em relação aos mares tiveram de ser enfrentados, como por exemplo, de que haviam monstros em alto mar ou que em certo momento as embarcações cairiam em buracos, pois acreditava-se que ao navegar para muito longe da costa, poderia acabar o planeta terra e cair no "nada".
Os motivos que levaram esses homens a enfrentar todos esses medos, foi a necessidade de encontrar um novo caminho para as Índias, devido a rota comercial pelo mar mediterrâneo estar monopolizada pelos italianos de Gênova e Veneza. Tinha-se o anseio de encontrar um novo caminho pois era nas terras orientais que se encontravam as especiárias, (sedas, porcelanas, pimenta, açafrão, gengibre, dentre outros produtos.) além de almejarem novas terras, riquezas e a expansão da religião católica.
Assim os reis e a burguesia passam a financiar essas expedições, sendo que Portugal e Espanha foram os primeiros países a navegar. Em 1415 os portugueses iniciam suas expedições e anos depois navegam em torno da África (Périplo Africano) chegando a Calicute, conseguindo realizar o comércio direto com as Índias em 1498, dois anos depois chegam ao que seria o Brasil, fazem um reconhecimento da nova terra. Esse sucesso português lhes rendeu o posto de potência econômica na Europa.
Já a Espanha adentrou aos mares anos mais tarde, após conseguirem expulsar os árabes de seu território. Cristóvão Colombo, um navegador Genovês nascido em 1491, tinha uma teoria de que havia um caminho mais curto para se chegar as Índias, onde ele acreditava na ideia de que a terra era redonda e assim poderia-se dar uma volta ao mundo para se chega ao oriente. Depois de anos tentando apoio para provar que estava certo, em 1492 com a ajuda do rei Fernando da Espanha e a rainha Isabel ele parte na sua jornada com apenas três caravelas, Santa Maria, Pinta e Nina rumo as Índias pelo oceano atlântico e em 12 de outubro de depois chegaram nas ilhas da America central, ainda sem saber que se tratava de um novo continente. Posteriormente Colombo realizou outras expedições para as ilhas e em 1506 morreu ainda achando que havia chegado as Índias, mas depois ficou constatado por Américo Vespúcio que aquelas terras se tratavam de um novo continente e assim deu-se o nome de América a essas terras. A banda Stormental em sua música The Conquer, traz a história dessas navegações e do navegador Cristóvão Colombo.



Cristóvão Colombo





Rotas das viagens Marítimas 
portuguesas e espanholas 





Américo Vespúcio








Filme sobre descobrimento da América e Cristóvão Colombo







Segue a letra em português



A Conquista


No fim do sistema feudal a Europa estava em crise
Muitos desabrigados estavam vivendo nas ruas
Todos procuravam por ouro e prata
E um lugar no estrangeiro para fornecer matéria prima
Reis apoiados por uma forte burguesia
começaram a financiar grandes navegadores
Agora escute suas memórias
“Nós viajamos dias e noites através das águas desconhecidas
Nós não sabíamos aonde realmente estávamos indo
Na conquista...”
Um homem apareceu naquele tempo
Ele era o único que tinha um plano
Para chegar no Leste indo através do Oeste
Mas os livros costumam dizer que sua ideia
sobre a distância entre Ásia e Europa era errada
Chegou a uma nova terra
com uma luta infinita contra os ventos.
“Nós viajamos dias e noites através das águas desconhecidas
Nós não sabíamos aonde realmente estávamos indo
Nós não sabíamos se poderíamos mesmo chegar
Oh sim... perdemos o medo de nossos pensamentos
Na conquista do paraíso”

Havia muitos rumores sobre essa terra
Mas quão perto da verdade eles são?

Outra vez... não há razão para ter medo das dúvidas em seu coração
Esqueça seus medos e encare as noites de tempestade.

“Nós viajamos dias e noites através das águas desconhecidas
Nós não sabíamos aonde realmente estávamos indo
Nós não sabíamos se poderíamos mesmo chegar
Oh sim... perdemos o medo de nossos pensamentos
Na conquista do paraíso”
(OBS: Tradução feita por Evandro Ramos)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Música: Armahda
Banda: Armahda
Álbum: Armahda (2013)
Compositores: Mauricio Guimarães/ Renato Domingos



Capa do Álbum:





A Revolta da Armada



A recém criada república estava dando seus primeiros passos no Brasil, mas teve de lidar com diversas revoltas que colocavam risco a permanência da mesma. No ano de 1891 foi eleito presidente do país o marechal Deodoro da Fonseca. Seu governo foi marcado por uma grande instabilidade econômica, além da dificuldade de se negociar com as bancadas dos estados, principalmente com os cafeicultores, que eram de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Deodoro resolve tomar uma medida radical, propõe estado de sítio e fechou o congresso nacional. Assim unidades da marinha, sob a liderança do Almirante Custódio José de Melo, ameaçam bombardear o Rio de Janeiro. No dia 23 de novembro de 1891, Deodoro renuncia nove meses de gestão, por medo de ocorrer uma guerra civil.
Após esse fato, sobe ao poder Floriano Peixoto, que era o vice-presidente. Floriano assumiu com apoio dos cafeicultores, Custódio de Melo ascendeu ao ministério da guerra e em um primeiro momento, houve uma certa estabilidade politica. Mas isso durou pouco tempo, pois a posse de Floriano era de caráter provisório, a constituição previa que seriam convocadas novas eleições se o cargo de presidente ficasse vago antes de dois anos de mandato, o que não foi feito sob a alegação de que isso só era válido para presidentes eleitos diretamente e Deodoro e ele haviam sido eleitos por voto indireto do congresso, sendo acusado de exercer a presidência de forma ilegal.
Outro fator que também gerou insatisfação, foi o apoio de Floriano ao civil Prudente de Moraes nas próximas eleições, assim a marinha se sentia cada vez mais desprestigiada politicamente e perante o exército devido os dois primeiros presidentes serem do mesmo, assim tinham o anseio de que Custódio de Melo assumisse a presidência. No dia 6 de setembro de 1893 um grupo de altos oficiais da marinha exigiu que as eleições fossem convocadas imediatamente, dentre esses oficiais estavam Custódio de Melo e Luís Filipe de Saldanha da Gama.
Em 13 de setembro do mesmo ano, com a recusa de Floriano ao que foi exigido, navios da armada partiram novamente (como fora com Deodoro) em direção a baía de Guanabara mas dessa vez não ficaram só na ameaça e iniciaram um bombardeio aos fortes do exército no litoral carioca. A rebelião dos marinheiros não conquistou muitos adeptos no Rio de Janeiro. A frota da marinha era composta de 30 embarcações. Com o bombardeio de 7 fortes em Niterói houve a necessidade de transferir a sede do governo para Petrópolis afim de ela não ser atingida, Mas não obtém êxito e decidem partir em direção ao sul do Brasil com a intenção de seguir com a revolta. Chegando na cidade de Desterro buscaram uma aliança com a revolução federalista que acabou por não acontecer.
Assim Floriano com o auxilio do exército e do partido republicano paulista, consegue em 1894 reprimir a revolta e se manter no governo. Portanto é sobre esse acontecimento da história do Brasil que a letra da música Armahda da banda que leva o mesmo nome da canção faz referência.



Deodoro da Fonseca




Floriano Peixoto






Custódio de Melo




Saldanha da Gama










Segue a letra em português


Armahda


Eles calaram nossas vozes, duas vezes nós sangramos
Eles juraram lealdade
E nós não vamos esquecer
A história se repete
A terra e o mar através das tempestades
Devem duelar
Atrás da cortina
O marechal fica
Com patriotas falsos
Sob o comando
Seus canhões estão enfrentando
O fim

Momentos de glória
Vamos sempre lembrar
Fuzileiros navais estão prestes a conquistar

Tiranos cairão
Nossa nação continuará grande
Nós vamos passar
Armahda

O poder chamou-o para longe da luz
Sim, eu poderia ver
Através de seus olhos

O guarda, ele era destinado a liderar
Mas é o nosso destino
Nós possuímos os mares
Venha navegar nas ondas
Prepare os navios
Sem volta, ataque, resista
Deixe-nos, ou
Venha para o nosso lado

Momentos de glória
Vamos sempre lembrar
Fuzileiros navais estão prestes a conquistar

Tiranos cairão
Nossa nação continuará grande
Nós vamos passar
Armahda

Agonia, peste e miséria
Mentiras de almirantes que afundam a nação
Os que outrora lutaram ao meu lado
Falam em liberdade.

E eu lhes digo
Não!

Momentos de glória
Vamos sempre lembrar
Fuzileiros navais estão prestes a conquistar

Tiranos cairão
Nossa nação continuará grande
Nós vamos passar
Armahda












segunda-feira, 11 de abril de 2016

Música: Bullets On The Altar
Banda: Almah
Álbum: Motion (2011)
Compositor: Edu Falaschi




Capa do Álbum:




O Massacre de Realengo 


A letra da música Bullets On The Altar da banda brasileira Almah foi escrita baseada (e também uma forma de homenagem às vítimas) em uma tragédia que ocorreu em Realengo, no Rio de Janeiro, zona oeste da cidade. Na manhã do dia 7 de abril de 2011, um homem chamado Wellington Menezes de Oliveira adentrou a Escola Municipal Tasso da Silveira se identificando na portaria como ex-aluno (o que de fato era) e que iria participar de uma palestra de ex-alunos que acontecia no local. Portando dois revólveres, um calibre 38 e outro 32, e um dispositivo que tinha a finalidade de recarregar mais rapidamente as duas armas (Speedloader), depois de ganhar o terreno da escola se dirigiu a uma das salas da escola no primeiro andar e começou a disparar nos alunos sem dizer uma só palavra. Os primeiros disparos foram direcionados aos que estavam sentados nas primeiras carteiras da sala, depois se dirigiu a sala em frente e fez mais disparos nas crianças. Wellington recarregou as armas ao menos umas cinco vezes e fez cerca de 60 disparos no total segundo testemunhas. Nesse tempo os que estavam na primeira sala foram em direção a saída da escola e chamaram policias que estavam nas proximidades realizando uma blitz, estes entraram na escola e um deles acabou se deparando com atirador que apontou sua arma em direção ao policial que o baleou na perna. Ao cair ferido, Wellington cometeu suicídio.
Morreram nessa tragédia 12 alunos, sendo 10 meninas e 2 meninos e outras 12 crianças ficaram feridas. Algumas hipóteses foram levantadas na época do crime, uma seria a de que o rapaz de 23 anos sofria bullying quando foi aluno na escola e que isso o teria motivado, informação essa baseada na carta de suicídio que ele deixou. Investigações apontaram também que ele fazia pesquisas sobre atentados terroristas e grupos fundamentalistas religiosos. Após o ocorrido, Wellignton ficou 15 dias na geladeira do IML esperando algum parente fazer a liberação do corpo, o que não ocorreu e assim foi enterrado como "sepultado não reclamado identificado" no Rio de janeiro.
Em homenagem às crianças foi criado um memorial ao lado da escola com esculturas de crianças usando mochilas e livros como degraus, correndo em direção ao céu, sendo que o mesmo foi uma sugestão de 11 dos 12 pais das crianças mortas, (que tinham entre 13 e 16 anos). Uma família não concordou com a ideia e uma borboleta foi colocada para representar a 12º criança. 


Escola onde ocorreu o crime





Memorial










Balas No Altar

Somos de fato amados?
O que é crença e o que é crime?
Celestial? Fora da mente de alguém?

Pessoas amam, estimam
E afagam quem crucificaram
Como vitimas fingimos chorar

Tragédia, fim dos dias?
Ou é só a cegueira de um homem
Lealdade ou fanatismo?
Sem esperança, isso me faz sentir tão solitario

Homicídio
Crime
Um tiro
Agonia
Você repousa as balas no altar

E você morre
E você mata
Morto por dentro
Você revela
Sua aberração sob sua fé

Tomando sonhos, tomando vidas
Tomando anjos dos braços da inocência
Priorado, casa da dor!
Fincando pregos na chuva fria

Mas eu sinto o fim da tempestade
E o libertar das doze almas presas
Quando vermos as cruzes queimando para aliviar

Recorremos ao desconhecido
Para deixar nossa culpa pra trás
Piedade não irá apagar suas mentiras
Encare a evidência de que Deus é algo para aliviar
O céu é a liberdade e o inferno é aqui

Tomando sonhos, tomando vidas
Tomando anjos dos braços da inocência
Priorado, casa da dor!
Fincando pregos na chuva fria

Mas eu sinto o fim da tempestade
E o libertar das doze almas presas
Quando vermos as cruzes queimando para aliviar

Agora eu vejo o fim da tempestade
E vislumbro as doze almas ensinadas
Elas estão livres em algum lugar descansando nas memórias

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Música: Bay Of Pigs
Banda: Civil War
Álbum: Gods And Generals (2015)
Compositor:-------------------------------




Capa do Álbum:






 Invasão a Baía 

dos Porcos



Em 1961, dois anos após Fidel Castro assumir o poder em Cuba houve uma invasão a ilha por parte do governo americano, através de exilados cubanos contrários ao governo de Fidel treinados pela CIA, e é sobre este fato que trata a música Bay Of Pigs da banda Civil War. Os cubanos derrubaram o governante anterior a Castro (Fulgêncio Batista, que era um ditador, sua queda marca a revolução cubana) que tinha o apoio dos EUA e passou a ter um governo de caráter nacionalista desapropriando terras e empresas que pertenciam aos americanos e as colocou em beneficio de Cuba, além da aproximação entre cubanos e soviéticos que tinha um governo socialista, contrário ao modelo capitalista dos EUA, causou um certo mal-estar entre os dois países.
Jonh Kennedy assume o governo norte americano e logo coloca em prática o plano de invasão a cuba que foi iniciado pelo antecessor Dwight Eisenhower, assim no dia 15 de abril de 1961 dois aviões americanos pintados com as cores da bandeira cubana fazem um ataque a força aérea de Fidel Castro, mas acabaram por falhar, pois um deles foi abatido e o outro conseguiu voltar aos EUA, mas muito danificado. Dois dias depois uma nova ofensiva americana, dessa vez com os cubanos treinados por eles, eram cerca de 1400 homens denominados Exército Cubano de Libertação, invadiram a Praia de Girón, conhecida como Baía dos Porcos e acabaram fracassando nessa tentativa de invasão, equipamentos e treinamentos do exército cubano foram financiados pela União Soviética e seus aliados, mostrando uma aproximação ainda maior de Cuba com os soviéticos e consequentemente com o socialismo. O embate durou cerca de três dias, com as tropas cubanas saindo com a vitória, aproximadamente 20 mil cubanos encurralaram os soldados inimigos, sendo presos ou mortos pelas forças armadas cubanas. De acordo com o governo cubano ao todo morreram 176 pessoas, mais de 300 ficaram feridas e outras 50 tiveram sequelas pelo resto da vida.
Ao fim desse episódio Fidel Castro assumiu abertamente a efetiva aproximação entre Cuba e URSS caracterizando assim a revolução cubana como socialista  e posteriormente com a crise do mísseis iria agravar ainda mais a relação com os EUA que em 1962 iria impor um embargo econômico aos cubanos.



Localização da Baía dos Porcos






Fidel Castro examinando destroços de avião americano 
que caiu na Baía dos Porcos





Tropas de Fidel acionando artilharia anti-aérea chamada 
"Cuatro bocas", de fabricação Soviética





Soldados capturados e suas armas 
e munições apreendidas
















Segue a letra em Português:






Baía dos Porcos

Eles querem sangue esta noite
Eles são os arruaceiros
Elite assassina, invasores de Cuba
Um bando na linha de fogo
Uma horda furiosa de peregrinos criminais
Patrulha assassina de viciados em drogas
Queimando as rodas na estrada para a ruína

Este é o capítulo negro da liberdade
Mas ninguém se importa
Onde está o declamador agora?
As palavras se foram de alguma maneira
Mas eu não posso aceitar

Quebre as correntes uma última vez
Nós veremos você do outro lado
As revoluções vieram a falhar
E Deus está ao seu lado
Seu objetivo era tomar a residência
Deixada pelo seu próprio presidente
Falha é o que as pessoas falam
Sobre a baía dos porcos
A baía dos porcos

Então você viu as notícias
Você sentiu o desejo
A luxúria de matar, de acender a chama
Me diga, filho, você ao menos se importa?
Algumas vezes me enlouquece não saber
O roteiro sagrado para a questão de nossas vidas
Por favor, não diga que sou um mentiroso

De volta aos dias
Eles lembram a guerra mundial
Foi para valer e foi como uma bomba-relógio
Porque não podemos encontrar outra maneira
Esses garotos até então estavam no topo
Mas que chacina

Quebre as correntes uma última vez
Nós veremos você do outro lado
As revoluções vieram a falhar
E Deus está ao seu lado
Seu objetivo era tomar a residência
Deixada pelo seu próprio presidente
Falha é o que as pessoas falam
Sobre a baía dos porcos
A baía dos porcos

Este é o lado negro da história
Prostitutas da ganância
Excitadas pelo poder
Vamos encontrar outra guerra

Quebre as correntes uma última vez
Nós veremos você do outro lado
As revoluções vieram a falhar
E Deus está ao seu lado
Seu objetivo era tomar a residência
Deixada pelo seu próprio presidente
Falha é o que as pessoas falam
Sobre a baía dos porcos
A baía dos porcos
A baía dos porcos