segunda-feira, 21 de março de 2016

Música: Paschendale
Banda: Iron Maiden
Álbum: Dance Of Death (2003)
Compositores: Adrian Smith / Steve Harris




Capa do Álbum:




A Batalha de Passchendale


A música Paschendale (sim a grafia da música é com um s só) da banda britânica Iron Maiden relata os momentos vividos por um soldado na batalha de Passchendale, conhecida também por "A terceira batalha de Ypres", considerada o maior embate ocorrido na primeira guerra mundial. Esta batalha colocou de uma lado o Britânicos e seus aliados (Canada, Austrália e Nova Zelândia) e do outro o Império Alemão. 
Este conflito ocorreu entre os meses de julho e novembro de 1917 e teve por objetivo a tomada da vila de Passchendale, localizada na cidade de Ypres, Bélgica, esse local era importante para os alemães, pois sua defesa pasava pelo controle dessa região e também era por ali que entrava o abastecimento para o quarto exército alemão, houve uma chuva excessiva no momento em que ocorreu essa batalha, o que transformou o solo em um grande lamaçal dificultando as investidas dos aliados, enquanto isso os alemães revidavam dos Bunkers (Esconderijo Subterrâneo fortificado com o objetivo de proteção contra balas ou explosivos) com gás mostarda e metralhadoras.
Após meses de luta os canadenses conquistam a vila de Passchendale, mais precisamente no dia 12 de novembro de 1917, sendo que ela já estava extremamente destruída devido o intenso conflito. Aproximadamente 500 mil soldados morreram nessa batalha ao todo. 
Harry Patch, um Inglês veterano que participou desse combate e veio a falecer em 2009 aos 111 anos de idade disse: "Se alguém que esteve lá disser que não sentiu medo, está mentindo".




Mapas da área de Passchendale







Ruínas de uma igreja após a vitória do Aliados



Harry Patch - inglês veterano que participou da batalha








Para assistir o filme "A Batalha de Passchendale" Clique aqui




Segue a letra em Português:



Paschendale

Em um campo estrangeiro ele se deita
Soldado solitário, túmulo desconhecido
Em suas palavras agonizantes ele pede
Conte ao mundo sobre paschendale

Relembra de tudo pelo que passou
A última conversa com sua alma
Enferrujou suas balas com suas lágrimas
Deixe-me contar sobre seus anos

Agachado numa trincheira cheia de sangue
Matando tempo até minha própria morte
Em meu rosto eu sinto a chuva que cai
Nunca mais verei meus amigos

Na fumaça, na lama e chumbo
Sinta o cheiro do medo E o sentimento de pavor
Em breve será a hora de ir além da parede
Fogo rápido e o fim de todos nós

Apitos, gritos e mais tiros
Corpos sem vida Pendurados em arame farpado
O campo de batalha não é nada mais Que uma tumba ensangüentada
Me unirei a meus amigos mortos em breve

Muitos soldados de dezoito anos
Afogados na lama sem mais lágrimas
Certamente uma guerra Que ninguém pode vencer
A hora de matar está prestes a começar

Lar, distante
Da guerra, uma chance de viver novamente
Lar, distante
Mas a guerra, Nenhuma chance de viver novamente

Os corpos dos nossos e de nossos inimigos
O mar da morte transborda
Na terra de ninguém só deus sabe
Para as mandíbulas da morte nós vamos

Crucificados como se em uma cruz
As tropas aliadas lamentam suas perdas
Máquina da propaganda de guerra alemã
Como antes jamais vista

Juro que ouvi o lamento dos anjos
Rezo a deus para que ninguém mais morra
Assim as pessoas saberão a verdade
Conta a historia de paschendale

A crueldade tem um coração humano
Todos os homens fazem seu papel
Terror dos homens que matamos
O coração humano ainda está faminto

Eu protejo meu território pela última vez
Arma pronta eu permaneço em formação
Espera nervosa pelo sopro do apito
Sangue correndo e lá vamos nós

O sangue cai como a chuva
Sua capa vermelha revela-se novamente
O som das armas Não pode esconder sua vergonha
E então nós morremos em paschendale

Esquivando de estilhaços e arame farpado
Correndo na direção dos tiros do canhão
Correndo cegamente Enquanto prendo a respiração
Digo uma oração, sinfonia da morte

Enquanto atacamos as linhas inimigas
Um estouro de tiros e então caímos
Dou um grito abafado mas ninguém ouve
Sinto o sangue descer por minha garganta

Lar, distante
Da guerra, uma chance de viver novamente
Lar, distante
Mas a guerra, Nenhuma chance de viver novamente

Vejo meu espírito no vento
Através das linhas além da colina
Amigo e inimigo se encontrarão novamente
Aqueles que morreram em paschendale





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